Clécio Luís lança Plano de Sociobioeconomia que mapeia o Amapá para novos negócios: 'faz diagnóstico e aponta caminhos em busca de novos mercados'
O Amapá News | 11/11/2025
Com protagonismo, Amapá participa da Conferência das Partes com propostas claras para financiar a proteção das florestas e o desenvolvimento econômico e social com ética./ Foto: Divulgação
Por Fabiana Figueiredo
A bioeconomia pulsa no Amapá e, para expandir as iniciativas ao mercado internacional, o governador Clécio Luís lançou nesta terça-feira, 11, o Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (Peas). A entrega do documento marcou a abertura oficial do estande do Amapá na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), realizada em Belém, capital do Pará.
Governador Clécio Luís evidenciou importância do Plano da Sociobioeconomia Foto: Max Renê/GEA
“No primeiro dia, o estande do Amapá esteve lotado o tempo todo, sendo um dos mais procurados da COP. Agora, com a abertura oficial, estamos apresentando muito sobre o Amapá para milhares de pessoas e lançando esse plano tão importante. Ele faz um diagnóstico e aponta caminhos em busca de novos mercados, o que representa um grande desafio para nós”, destacou Clécio Luís.
Valorizando o acervo biológico e cultural do Amapá, o plano promove o aproveitamento sustentável dos recursos da floresta e das tradições regionais. A iniciativa abrange 11 cadeias produtivas, que vão desde o artesanato e a gastronomia amapaense até a industrialização de produtos agrícolas, o desenvolvimento de fármacos e cosméticos e a comercialização de madeira certificada e rastreada. São setores que já movimentam a economia do estado e que têm grande potencial de expansão no mercado.
Plano de Apoio à Sociobioeconomia foi construído pelo Governo com apoio de especialistas em mercado Foto: Max Renê/GEA
O Plano foi construído a partir de pesquisas e de uma escuta ativa com a população de vários municípios. O processo de elaboração reuniu consultores especialistas, gestores, representantes de comunidades locais e diversos segmentos da sociedade. O lançamento do Plano marca o início de uma nova era de desenvolvimento sustentável no Amapá, possibilitando o uso responsável da floresta, a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida da população.
“Temos o conhecimento para desenvolver, mas ainda estamos aprendendo a falar a língua do mercado. É preciso criar conexões para que nossos produtos, conceitos e ideias cheguem ao consumidor com o maior valor agregado possível. Essa é a nossa aposta para o futuro do Amapá. Não se trata de um manual fechado ou inerte, mas de um material vivo, que registra muito conhecimento e diagnóstico, respeitando o que já está acontecendo e abrindo espaço para o que ainda virá”, evidenciou o governador do Amapá.
Estande do Amapá na COP30 é destaque na Green Zone Foto: Max Renê/GEA
Localizado no Pavilhão Green Zone, aberto ao público, o estande do Amapá tem chamado a atenção na COP30 e atraído visitantes, retratando a Amazônia em sua essência: a Amazônia Negra, dos ribeirinhos, dos indígenas e das comunidades tradicionais. O espaço apresenta as potências do estado para atrair investimentos em bioeconomia, energia renovável e outros setores que oferecem soluções sustentáveis para o planeta, gerando emprego e renda, impulsionando o desenvolvimento econômico e social da região.
Amapá participa da COP30 com objetivos claros: busca por investimentos para o desenvolvimento sustentável para o seu povo Foto: Max Renê/GEA
A COP da Amazônia A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou na segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% do território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
O plano foi elaborado a partir de pesquisas e de uma escuta ativa com a população de vários municípios Foto: Max Renê/GEA