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Macapá

Relatório da SVS aponta aumento no número de casos de Leishmaniose Tegumentar no Amapá

Os dados avaliados foram utilizados a partir da comparação dos números apresentados nos primeiros quatro meses deste ano com o mesmo período de 2020.

O Amapá News | 22/06/2021

Relatório da SVS aponta aumento no número de casos de Leishmaniose Tegumentar no Amapá Curso de capacitação para diagnóstico estão sendo realizadas no LACEN da SVS

Um relatório divulgado na última sexta-feira, 18, pela Unidade de Controle de Zoonoses da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), aponta que a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) teve um aumento de 72,7% no número de casos confirmados no Amapá nos primeiros quatro meses de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado. 

De janeiro a abril deste ano foram registrados 361 casos, enquanto que no mesmo período de 2020 foram 209 pessoas confirmadas com a doença.

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), conhecida como "úlcera de bauru" ou "ferida brava", é uma doença infecciosa não contagiosa, causada por protozoários do gênero leishmania, transmitida de forma vetorial pelo mosquito palha.

Rackel Barroso, médica veterinária e gerente do DEVS/SVS, avaliou uma das possibilidades do cenário que levou a este aumento.

“Acreditamos que os casos têm aumentado pela suspensão do controle vetorial no estado em decorrência da pandemia da covid-19. Ressalto que não há ações de controle específico para o vetor da LTA no Amapá, mas que o controle do anopheles [mosquito] vetor da malária e o controle do aedes aegypti realizado pelos municípios, ajudam a controlar a população de flebotomíneos", explicou Rackel.

 

Quadro estadual 

Os municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari, Calçoene, Pedra Branca do Amapari, Tartarugalzinho e Serra do Navio, apresentaram 90% dos novos casos registrados e os outros 10 municípios somados representam os 10% restantes. 

O destaque negativo ficou para Oiapoque, com 107 casos, e em contraste, Itaubal do Piririm, que até o término do relatório não registrou nenhum caso.

A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) está realizando capacitação prática para o diagnóstico laboratorial da doença no Lacen para profissionais dos municípios de Macapá e Santana, o que vai descentralizar as ações de diagnóstico e tratamento, dando celeridade no atendimento aos pacientes até a cura.

Dorinaldo Malafaia, superintendente da SVS no Amapá, acredita que a iniciativa pode ajudar a diminuir esses números.

"O primeiro passo é  o registro e depois o tratamento da enfermidade. Nossos esforços para descentralizar os diagnósticos vão ser muito úteis. A LTA é uma doença que quanto mais cedo for diagnosticada melhor para o paciente, que termina o tratamento com mais celeridade. A constatação feita pelos técnicos e a  descentralização são os primeiros passos para revertermos esses números", declarou o gestor.

A Unidade de Controle de Zoonoses solicitou ao Ministério da Saúde capacitação em toda a rede de atenção ao paciente de LTA e foi atendida, o que está ocorrendo em plataforma digital, de forma online, com participação de todos os municípios e da coordenação estadual do programa.

Por: Nathanael Zahlouth .Colaboradores: Marcelo Guido, Marco Antônio P. costa /Foto: Alessandro Veloso



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